O problema dos detritos espaciais ocupa as mentes não só dos especialistas no campo da tecnologia espacial, mas também dos cidadãos comuns da Terra. Um enorme número de diferentes fragmentos, e por vezes até satélites inteiros, que chegaram ao fim da sua vida útil, povoam o espaço orbital do nosso planeta. Este facto não só cria muitos problemas aos engenheiros que lançam e planeiam órbitas de satélites artificiais, mas também representa uma ameaça real à vida das pessoas. Muitos cientistas propuseram soluções para o problema, mas um satélite autodestrutivo, recentemente apresentado pela Roscosmos, poderia provavelmente resolvê-lo.
Todos aqueles que trataram da questão sugeriram geralmente opções para a eliminação de destroços espaciais que já se encontram em órbita e completamente incontroláveis. Para este fim, foi proposta a utilização de vários veículos equipados com armadilhas e capazes de captar fragmentos de detritos para posterior eliminação. Mas os especialistas da Roscosmos sugerem a utilização de uma abordagem fundamentalmente nova: inicialmente criar satélites que podem destruir-se a si próprios no futuro sem deixar quaisquer vestígios em órbita. O próprio satélite será feito de materiais que começarão a evaporar se a temperatura subir acima de certos valores. Quando em funcionamento, o satélite será coberto com uma película especial que o protegerá dos efeitos da temperatura. Quando chegar ao fim da sua vida útil, será dada uma ordem do centro de controlo na Terra para destruir o revestimento protector e o dispositivo começará a evaporar-se. Um comando semelhante pode também ser dado no caso de uma falha prematura do satélite quando a sua presença contínua em órbita se torna irrazoável. Os materiais que compõem o satélite seriam susceptíveis a temperaturas elevadas, pelo que, passado algum tempo, o dispositivo evaporaria simplesmente, não deixando vestígios em órbita. 14 dicas inestimáveis sobre como se comportar em situações extremas para sobreviver Vale a pena recordar que uma das formas mais progressivas de lidar com os detritos espaciais no passado foi com armadilhas, uma das quais discutimos num artigo anterior.
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