Em Outubro de 1889 um novo cabaré, o Moulin Rouge, abriu ao pé da colina de Montmartre. Foi aberto por homens de negócios que compreenderam perfeitamente os gostos do público. Muito em breve o Moulin Rouge tornou-se o cabaré mais famoso não só em França, mas em todo o mundo. Esta fotografia foi tirada em 1914, alguns meses antes do estabelecimento ter ardido.
A fachada do edifício foi decorada com luzes eléctricas cintilantes, o que constituía uma verdadeira novidade na altura. A frente do edifício tinha a forma de um moinho de vento vermelho: Montmartre foi em tempos uma aldeia com muitas destas estruturas. O famoso cancan foi dançado no Moulin Rouge e foi no cabaret que se tornou extremamente famoso. A dança, que teve origem na primeira metade do século XIX, foi inicialmente considerada pelos franceses como o auge da obscenidade, pelo que não era popular. Mas a fama do Moulin Rouge fez com que os franceses e os estrangeiros que vieram ao cabaré para ver os bailarinos e socializar com eles mudassem as suas atitudes. A propósito, ao contrário das imagens de Hollywood, o cabaré não era um bordel; as raparigas aqui deviam misturar-se com os homens, mantê-los a falar e alegrar as suas noites. Claro que os dançarinos tinham um encanto especial; eram talentosos não só na dança, mas também na arte da sedução. Namoriscando com os homens, fizeram-nos vir uma e outra vez e até desenvolveram amizades com a elite europeia. Áustria criou uma ponte de guarda-chuva dobrável: como funciona E este elefante gigante é outra atracção do Moulin Rouge que poucas pessoas conhecem. Esteve ao lado do cabaré durante um par de décadas antes de ser desmantelado. Não é apenas uma escultura: no interior havia um salão onde se dançava cancan e havia também uma loja de ópio. Notavelmente, a ideia do elefante foi emprestada aos americanos: nos EUA havia uma taberna com a forma deste animal, que se encontrava na costa do oceano. A propósito, este edifício ainda hoje lá se encontra.
Moulin Rouge depois de um incêndio em 1915
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