Muitas pessoas conhecem os pontos principais da teoria das placas litosféricas, o que explica a estrutura da superfície do nosso planeta e as peculiaridades da localização das principais zonas de actividade sísmica. Nas zonas de propagação, nasce uma nova crosta da Terra. Enquanto nas zonas de subducção, as placas estão lentamente a baixar uma sob a outra, um processo que é acompanhado por frequentes terramotos, bem como por vulcões activos. Mas o que acontece a seguir aos fragmentos submersos destas placas? Para onde desaparecem quando atingem a placa seguinte? Podemos aprender sobre isto com o exemplo da grande placa Farallon antiga, que hoje sobrevive apenas em alguns pequenos fragmentos.
A Placa Farallon era composta de crosta do tipo oceânico e era relativamente recente por padrões geológicos, cerca de 200-150 milhões de anos atrás. A placa estava localizada no nordeste do Oceano Pacífico e estava a mover-se em direcção à placa norte-americana. Onde as duas grandes placas se encontraram, a placa Farallon mergulhou sob o seu vizinho. Este processo tem vindo a decorrer há milhões de anos. Durante este tempo, os dinossauros desapareceram, grandes mamíferos apareceram nos mares, e muitas espécies de aves, animais e a civilização humana emergiram em terra. Afundando-se lentamente sob a placa norte-americana, a antiga placa afundou-se gradualmente no manto do nosso planeta. Sob a influência de altas temperaturas, a crosta terrestre desmoronou-se e transformou-se, desintegrando-se em fragmentos separados, alguns dos quais ainda se encontram sob o continente norte-americano. Hoje, a antiga Placa Farallon encontra-se por baixo do leste dos Estados Unidos e os vestígios da placa foram descobertos por geólogos utilizando técnicas de tomografia sísmica. Áustria criou uma ponte de guarda-chuva dobrável: como funciona Na antiga zona de afundamento da placa de Farallon, tal como noutras regiões semelhantes do planeta, existe uma região alargada de actividade sísmica que segue os contornos do local da subducção. A conhecida Falha de San Andreas e o super-vulcão de Yellowstone estão confinados a esta zona activa. Os cientistas consideram a Placa Juan de Fuca como sendo a lasca dos tempos modernos da enorme Placa Farallon que, tal como a sua antecessora, continua a afundar-se sob a Placa Norte-Americana. A transformação da Placa Farallon demonstra claramente o que acontece às placas litosféricas que não conseguem resistir à investida dos seus vizinhos e afundam-se no interior da Terra. O estudo dos processos associados a esta antiga placa não só é de importância científica mas também de interesse prático. A evolução desta placa é importante para a compreensão da vasta gama de ocorrências sísmicas na América do Norte ocidental. Grandes fragmentos de placas sob o continente influenciam directamente o fornecimento de magma das entranhas do planeta, e os cientistas ligam a actividade do vulcão de Yellowstone à presença e deslocação de fragmentos da placa de Farallon.
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