Cientistas de Massachusetts participaram numa competição militar americana para coser um uniforme especial. O resultado é uma invenção que não só protegerá o exército dos insectos, mas também tornará os soldados à prova de fogo.
O que veio antes
O uniforme do Exército dos EUA tem uma história bastante rica. Ao longo da sua existência teve a missão mais básica e simples – esconder o seu portador dos olhos do inimigo, bem como protegê-lo fisicamente de factores externos. E ao longo do tempo, tanto os materiais como as cores do uniforme mudaram drasticamente.
Os novos uniformes do exército americano são feitos de tecido durável com uma coloração que permite camuflar não só entre o terreno verde, mas também em cidades e desertos. Enquanto a Rússia ainda usa a camuflagem caqui, os americanos reviram as suas opiniões desde os anos 2000. E o seu uniforme está a evoluir a cada década, ganhando propriedades adicionais úteis: resistência ao fogo e elevada durabilidade. A nova ordem do governo do Exército dos EUA confirma mais uma vez este facto. Para enfrentar o desafio de se livrar dos insectos e melhorar a protecção contra incêndios, os cientistas desenvolveram um material especial à base de nylon e algodão numa proporção de 50/50. O resultado é uma forma relativamente barata e tecnologicamente simples de implementar numa escala de massa, tão forte como as versões anteriores, e respirável. Esta última é uma característica particularmente importante para os militares, uma vez que estes têm de lidar com muito esforço físico. Os investigadores utilizaram ácido fítico para transmitir a refracção. Encontra-se normalmente nos frutos secos e reduz a absorção de outros minerais no corpo humano. No entanto, o ácido tem aqui uma função ligeiramente diferente: activa um grupo alcoólico no algodão, que depois se combina com o fósforo para tornar o tecido retardador de chama. 14 dicas inestimáveis sobre como se comportar em situações extremas para sobreviver No caso dos insectos, os cientistas eram ainda mais engenhosos. Utilizaram permetrina, que é inofensiva para os seres humanos. Esta substância encontra-se na natureza no extracto de crisântemo, e embora tenham tomado um análogo produzido artificialmente, o efeito valeu bem a pena. Em comparação com a forma convencional, a nova era 98% eficaz na protecção contra os insectos. E os cientistas não vão ficar por aqui. Estão a caminho de tentar melhorar a durabilidade da tinta utilizada para fazer o molde, bem como adicionar um efeito anti-séptico para proteger a pele dos militares. Potencialmente, esta invenção tem uma boa hipótese de se tornar um projecto comercial dentro de algum tempo. Tal como muitas tecnologias militares que foram criadas primeiro para os militares e depois transferidas para a vida civil, tal uniforme ou peça de vestuário poderia tornar-se parte do guarda-roupa de alguns turistas. No mínimo, protegeria contra os insectos.
Uniformes militares modernos dos EUA
Qual é a essência do estudo
A resistência ao fogo é uma das características mais importantes das fardas militares dos EUA
Usar repelentes não só é inseguro, como é absolutamente embaraçoso
O que isto significa para nós
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