A fusão está ligada ao reactor de fusão, a esperança da humanidade de produzir energia amiga do ambiente. Mas a fusão é impossível sem condições específicas e a construção da primeira instalação experimental custará pelo menos 19 mil milhões de euros. Apesar de todas as dificuldades e do enorme orçamento, cientistas de 35 países uniram forças para construir um pequeno sol no planeta Terra.
Uma pequena réplica do sol
A ideia para este milagre energético foi detectada no sol, onde uma incessante reacção termonuclear fornece uma enorme quantidade de energia. O enorme reactor termonuclear actua como uma alternativa às modernas centrais energéticas alimentadas por combustíveis hidrocarbonados e reacções nucleares. O Reactor Termonuclear Experimental Internacional (ITER) tornou-se um projecto único do nosso tempo, reunindo 35 países, incluindo a Rússia.
A propósito, a própria ideia de criar um tal reactor pertence aos físicos soviéticos. Para além do nosso país, participam na construção do ITER a China, os Estados Unidos, a Índia, o Japão, a Coreia do Sul, o Cazaquistão, e os países da União Europeia. A Rússia está representada no projecto por mais de 10 institutos e organizações científicas que trabalham na área da física. Cada país enviou as melhores equipas científicas no campo da física termonuclear para participar no projecto, cada uma das quais trouxe algo de novo e original ao projecto. O projecto do reactor de fusão estava pronto há vários anos, mas a sua construção só começou este ano. O local para o ambicioso projecto é o Centro de Ciência Cadarache em França. Os cientistas pretendem replicar a reacção de fusão, exactamente a mesma que tem lugar no Sol, apenas numa escala menor. Serão necessárias várias gramas de hidrogénio para fornecer calor e electricidade à população de uma pequena cidade europeia. Seriam necessárias duas variações de hidrogénio, o trítio e o deutério, que precisam de ser aquecidos a uma temperatura de 150 milhões de graus. Uma vez atingida a temperatura desejada, uma reacção começará a produzir átomos de hélio e neutrões, gerando uma enorme quantidade de energia. Se este projecto se concretizar, abrir-se-ão perspectivas incríveis para a humanidade: não desperdiçar mais milhares de toneladas de combustível fóssil, agravando o aquecimento climático e agravando a ecologia urbana. Em comparação com as centrais nucleares, a fusão teria também uma vantagem decisiva: não criaria toneladas de resíduos nucleares. Além disso, os cientistas acreditam que o risco de um acidente com consequências graves, como é o caso dos reactores nucleares, é reduzido a zero. Investimento Tulip: quem pagou 5 milhões de euros por lâmpadas Mas enquanto o reactor nuclear em construção for apenas um local para uma experiência científica, não se deve esperar que o reactor produza energia e satisfaça as necessidades da França. Mas o próprio facto de a construção ter começado numa instalação tão grandiosa e globalmente significativa é um grande passo em frente para o progresso energético de toda a humanidade.
Como funciona o reactor
Esquema de uma reacção de fusão
Futuro estaleiro de construção de reactores em França
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